Reflita:
Seria possível termos todas
as crianças de até 1 ano
de idade sobrevivendo?
Seria possível um Brasil
com todas as crianças
– sem faltar nenhuma delas –
tendo seu nome de família
assegurado no registro civil
de nascimento?
Seria possível termos todas as crianças
– sem faltar nenhuma delas –
com acesso a educação integral?
Seria possível termos todas
as crianças livres dos efeitos
da discriminação racial?
Como vivem as crianças e
adolescentes negros e indígenas?
GRÁFICO 1 – Número de crianças e adolescentes indígenas e negros no País
54,5%
das crianças
são negras
ou indígenas
No Brasil, vivem 31 milhões de meninas e meninos negros e 140 mil crianças indígenas.das crianças
são negras
ou indígenas
Eles representam 54,5% de todas as crianças e adolescentes brasileiros1.
Pobreza
Vinte e seis milhões de crianças e adolescentes brasileiros vivem em famílias pobres.
Representam 45,6% do total de crianças e adolescentes do País. Desses, 17 milhões são
negros. Entre as crianças brancas, a pobreza atinge 32,9%; entre as crianças negras, 56%.
A iniquidade racial na pobreza entre crianças continua mantendo-se nos mesmos patamares:
uma criança negra tem 70% mais risco de ser pobre do que uma criança branca.
Mortalidade infantil entre as crianças indígenas
No Brasil, apesar de todos os esforços que asseguraram uma taxa de mortalidade infantil
em torno de 19 mortes para cada mil crianças nascidas vivas, a taxa de mortalidade infantil
indígena ainda representa um sério problema de saúde pública. Em 2009, relatório oficial
da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) revelou a taxa de 41,9 mortes infantis para cada
mil crianças indígenas nascidas vivas. Embora esse dado reflita uma forte tendência de
queda desde 2000, ele representa valores acima da população em geral.
IBGE, Pnad 2009. Crianças – população de até 17 anos.IBGE, Pnad 2009. Crianças pobres – população de até 17 anos vivendo em famílias com rendimento mensal familiar
per capita de até 1/2 salário mínimo.
Funasa. Vigilância em saúde indígena: dados e indicadores selecionados. 2010. Brasília: Funasa, 2010.p 96: Il.
O acesso à escola
Uma criança indígena entre 7 e 14 anos tem quase três vezes mais chance de estar fora
da escola do que uma criança branca na mesma faixa etária; e uma criança negra entre
7 e 14 anos tem 30% mais chance de estar fora da escola do que uma criança branca na
mesma faixa etária.4
Adolescência
Das 530 mil crianças de 7 a 14
anos fora da escola, 330 mil são
negras e 190 mil são brancas.
anos fora da escola, 330 mil são
negras e 190 mil são brancas.
Na adolescência, algumas das maiores violações são os homicídios, a exploração sexual
nas grandes cidades e os suicídios nas aldeias indígenas. Segundo o estudo realizado sobre
o Índice de Homicídio na Adolescência (IHA) – uma parceria entre Laboratório de Análise
da Violência, UNICEF, SEDH e Observatório de Favelas –, o risco de ser assassinado é
2,6 vezes maior para os adolescentes negros em comparação aos brancos5, nas grandes e
médias cidades brasileiras, com população acima de 100 mil habitantes.
Os suicídios ainda são uma importante causa de mortalidade entre a população indígena.
Entre todos os óbitos registrados na população de crianças, adolescentes e jovens (0 a 24
anos) indígenas, 5,8% foram óbitos por suicídio -- o que equivale ao triplo da proporção
de suicídios entre a população branca, em que esse valor é de 1,9%. O número de óbitos
por suicídio entre a população indígena, embora pequeno em termos absolutos quando
comparado aos registros encontrados nas populações brancas e negras, vem crescendo
ao longo do tempo. Em 5 anos, entre 2003 e 2008, esse número cresceu 14,8%; entre a
população branca, caiu 2,7%6.
No tema da exploração sexual, as vítimas desse tipo de crime, em sua grande maioria, são
adolescentes entre 15 e 17 anos de idade, quase sempre negras ou indígenas7.
nas grandes cidades e os suicídios nas aldeias indígenas. Segundo o estudo realizado sobre
o Índice de Homicídio na Adolescência (IHA) – uma parceria entre Laboratório de Análise
da Violência, UNICEF, SEDH e Observatório de Favelas –, o risco de ser assassinado é
2,6 vezes maior para os adolescentes negros em comparação aos brancos5, nas grandes e
médias cidades brasileiras, com população acima de 100 mil habitantes.
Os suicídios ainda são uma importante causa de mortalidade entre a população indígena.
Entre todos os óbitos registrados na população de crianças, adolescentes e jovens (0 a 24
anos) indígenas, 5,8% foram óbitos por suicídio -- o que equivale ao triplo da proporção
de suicídios entre a população branca, em que esse valor é de 1,9%. O número de óbitos
por suicídio entre a população indígena, embora pequeno em termos absolutos quando
comparado aos registros encontrados nas populações brancas e negras, vem crescendo
ao longo do tempo. Em 5 anos, entre 2003 e 2008, esse número cresceu 14,8%; entre a
população branca, caiu 2,7%6.
No tema da exploração sexual, as vítimas desse tipo de crime, em sua grande maioria, são
adolescentes entre 15 e 17 anos de idade, quase sempre negras ou indígenas7.
4 IBGE/Pnad, 2009.
5 Laboratório de Análise da Violência – LAV/Uerj – Sobre dados do SIM/Datasus – MS. 2006.
6 MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/ 2003-2008.
7 Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres e Crianças para Fins Sexuais (Pestraf), 2001.
Das 530 mil crianças de 7 a 14
anos fora da escola, 330 mil são
negras e 190 mil são brancas.
UNICEF/BRZ/João Ripper
Trata-se de uma Ação em Rede que pretende influenciar mudanças de atitude e alcançar diferentes espaços
e ambientes.
Informações disponíveis em: http://www.unicef.org/brazil/pt/br_folderraci.pdf
Acesso em: 03 dez. 2011
Por: Arieli Rodrigues Alves de Souza
Acesso em: 03 dez. 2011
Por: Arieli Rodrigues Alves de Souza
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