O MUNDO É UM MOSAICO DE PONTOS DE VISTA. APRENDEMOS MUITO COM OS PONTOS DE VISTA DOS OUTROS, E PERDER NEM QUE SEJA UM PEDAÇO DESSE MOSAICO É UMA PERDA PARA TODOS NÓS.
(DAVID CRYSTAL)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reportagem sobre violência congestiona linhas do Ligue 180

Data: 27/10/2011

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) destacou ontem o importante papel dos meios de comunicação na divulgação e conscientização da população sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher. Nesta terça-feira, 25, após o Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão, veicular a reportagem ‘Maridos são os principais agressores em casos de violência contra a mulher’, divulgando a Central de Atendimento à Mulher–Ligue 180, a procura pelo serviço teve uma alta inesperada. Houve o congestionamento nas linhas e o tempo médio de espera teve um aumento de seis para 23 segundos. Já o tempo médio de atendimento teve um aumento de 10 para 40 minutos.

Na reportagem, aparecem trechos da novela Fina Estampa, na qual a personagem Celeste é constantemente agredida pelo marido e se mantém calada. Aparecem também depoimentos de uma vítima, que na vida real passou seis anos convivendo com o marido sofrendo maus tratos e optou apenas pela separação e não denunciou o agressor. Depois de algum tempo eles se encontraram num shopping e o ex-marido voltou a agredi-la.

A reportagem trouxe ainda a opinião de especialistas sobre o assunto, divulgou o Ligue 180 e orientou as mulheres a fazerem a denúncia numa delegacia mais próxima.

DURA REALIDADE – “A situação fictícia vivida por Celeste representa uma dura realidade vivida por muitas brasileiras que levam em média 10 anos para tomar coragem e romper o ciclo de violência”, diz a coordenadora da Central de Atendimento à Mulher, Jadilza Araújo.

Segundo a coordenadora, quando há a divulgação do 180 nos veículos de comunicação de massa, como a televisão, as ligações para a Central crescem substancialmente.

“As pessoas precisam de informações adequadas, muitas só sabem que existe a Lei Maria da Penha, mas não conhecem as garantias as medidas protetivas que ela estabelece”, informa.

De acordo com Jadilza, grande parte da sociedade não tem a noção que existe uma Rede de Atendimento à Mulher, que oferece serviços de abrigamento, centros de referência, delegacias especializadas, juizados especializados e defensorias públicas para acolher e orientar às vítimas de violência doméstica. “Os meios de comunicação podem colaborar e muito na disseminação desses serviços”, explicou.

PRIMEIRO PASSO – Jadilza disse ainda que o 180 pode ser o primeiro passo para as mulheres obterem informações a respeito da situação em que se encontram.

“Nossas atendentes são as primeiras pessoas a acolherem esse grito por socorro das mulheres que procuram ajuda. Por isso, elas são altamente treinadas e capacitadas para orientar as vítimas a procurar o melhor tipo de atendimento diante de cada caso concreto” finalizou.

Comunicação Social

Acesso em 01 de novembro de 2011.
                                                                                           Por Cecília Umbelina Roza

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