O MUNDO É UM MOSAICO DE PONTOS DE VISTA. APRENDEMOS MUITO COM OS PONTOS DE VISTA DOS OUTROS, E PERDER NEM QUE SEJA UM PEDAÇO DESSE MOSAICO É UMA PERDA PARA TODOS NÓS.
(DAVID CRYSTAL)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Estatísticas da Violência de Gênero e Raça em Muqui/ES

Encontrar dados sistematizados sobre a violência de gênero e/ou de raça num município de pequeno porte como Muqui/ES é uma tarefa bastante complicada; é quase como “encontrar agulha em palheiro”. Como são pouquíssimos (ou paraticamente inexistentes) os projetos e programas – públicos ou privados – que priorizam estas informações em seus planejamentos, tanto o diagnóstico situacional quanto o monitoramento destes indicadores ficam prejudicados.
Assim, em nossa “via sacra” à busca por estas informações, uma instituição mostrou-se bastante aberta e disposta a nos ajudar: o CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social). Diferentemente das Polícias Civil e Militar – que apesar de receberem/atenderem uma parcela significativa desses casos, não possuem dados quantificados ou qualificados a esse respeito – esse órgão, desde 2009, tem atendido a encaminhamentos de possíveis vítimas de violação de direitos (crianças, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, etc) para acompanhamento psicossocial e posterior retorno ao convívio social.
Não obstante, boa parte dos casos são denúncias – e não fatos concretos, investigados, concluídos. Isso, por vezes, atrasa e dificulta o atendimento, uma vez que é a própria equipe quem acaba executando estas ações. Mesmo assim, observa-se uma progressão geral no número de atendimentos.
No que diz respeito ao gênero, todos os casos dizem respeito a violências sofridas por mulheres. Já em relação à raça, até abril deste ano não haviam casos registrados.
Assim, segue uma balanço dos casos de violência atendidos pelo CREAS no triênio 2009-2011:






















Segundo a Coordenadora do Serviço, a Srª. Cristiane Berilli, o elevado número de casos atendidos no ano de 2010 ocorreu em virtude da parceria firmada com as Secretarias de Educação e Saúde após a capacitação de professores e Agentes Comunitários de Saúde para atuarem como multiplicadores das informações aos usuários, assim como instrumentos de identificação de novos casos.
Enfim, apesar das dificuldades, não desistimos de buscar novos dados. No próximo mês apresentaremos o levantamento realizado junto à Polícia Civil do número de casos de violência de gênero e de raça atendidos no município no primeiro trimestre de 2012.
 
Até!

Taismane e Wagner Schiavo

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